Axiologia
Axiologia
vem do Grego, Axía significa “Preço”, “Valor de Alguma Coisa” e Axios significa
“Que Tem Valor De”, “Digno De”, “Justo”. Ex: Um homem de valor.
A Axiologia é uma área da Filosofia que estuda os valores Humanos que
são valores Éticos, Morais, Estéticos, Materiais, Políticos, Econômicos,
Vitais, Lógicos, Religiosos, de Utilidade e assim por diante. No Século XIX
surgiu a Axiologia como disciplina filosófica, desde então o termo “Valor” vem
sendo discutido sobre o que é bom ou ruim, certo ou errado, pois os valores
estão relacionados a todas as nossas ações. Valor
é o que dá dignidade ao ser. Filosoficamente Valor é a interpretação
introduzida por nós nas coisas, nas relações entre os homens e destes com o
mundo. O valor então, com base no que é, orienta o que deve ser, isso é,
orienta o juízo das escolhas humanas. Para simplificar podemos entender o
Valor como um princípio
geral e universal que serve de guia para o agir e pensar do homem no mundo. O
valor está presente no homem, nas atividades humanas e no mundo humano, é o
princípio norteador das escolhas humanas (os fins), o desejável, o preferível.
É guia, norma das escolhas, por isso carece da consciência e da liberdade,
porque só o sujeito consciente e livre é capaz de fazer escolhas. Escolhas
sempre temerárias, mas necessárias. Os
valores são herdados, transferidos através da nossa família, passados de
geração em geração, também adquirimos valores através do convívio, do contato
com outras pessoas, de outras sociedades.
Estamos
sempre fazendo Juízo de Valores, isso é, estamos sempre julgando através do
parâmetro que nós temos, que nós herdamos através da nossa família, nossa
cultura e sendo assim julgamos os valores dos outros, se está certo ou errado,
se é bom ou ruim, etc. Existem quatro tipos de valores relacionados a sua
natureza (Origem): Subjetivos (Pessoal, valor de um só indivíduo) ou Universais
(Geral, valor da sociedade) e Relativos (Aplica-se a uma situação) ou Absoluto
(Aplica-se a todas as situações). Os
valores se organizam na seguinte escala de importância: ÉTICO
é o juízo sobre o bem e o mal, diz daquilo que é Vital (Vida). MORAL é a ação normativa do comportamento, costumes, hábitos,
normas e leis. Diz do Convívio
Humano em sociedade.
MATERIAL é o juízo sobre o que é necessário para a sobrevivência
humana. RELIGIOSO é o juízo sobre o que é bom para o espírito e
diz das coisas da alma. ESTÉTICO,
que opera um juízo sobre o belo e o feio e diz das coisas
do mundo sensível, da Natureza.
De UTILIDADE se refere ao juízo do que é melhor e pior e diz das
coisas e dos objetos.
POLÍTICOS são Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania,
Liberdade. Dizem os manuais que o demagogo, na sua expressão grega primitiva,
era apenas o chefe ou condutor do povo.
Valores Bipolarizados: Bom e
mau, verdadeiro e falso, belo e feio, generoso e mesquinho, sublime e ridículo,
entre outros.
Quando dizemos que alguma coisa
ou alguma pessoa é bonita ou feia ela tem valores iguais, pois nós notamos essa
pessoa ou esse objeto, não passou despercebido por nós. Portanto, não
permanecemos indiferentes dos seres que constituem o nosso mundo familiar ou
aquele que nos é estranho, aos quais atribuímos valores Bipolarizados. Valorar
é conferir valor, seja a alguém, a uma situação ou mesmo a uma idéia (trata-se
de buscar o motivo do valor ou de sua ausência). O ato de valorar é
determinante no modo como cada indivíduo observa o mundo, e, por isto mesmo,
tal ato está diretamente relacionado com as próprias escolhas de vida que uma
pessoa pode ter. O vocábulo valorar não é o mesmo que valorizar, pois, este
sugere uma associação da idéia do valor com um sentido materialista.
Principais Representantes
No Século XIX os filósofos Rudolf Lotze (1817-1881), Franz Brentano
(1838-1917), Max Scheler (1874-1928) e Friederich Nietzsche (1844-1900)
desenvolveram e propuseram a “Transvaloração dos Valores”, pela qual indaga
sobre o “Valor dos Valores”, concluindo que os valores tais como são
conhecidos, não existiram desde sempre, mas foram criados e incorporados pelo
hábito e, na nossa civilização ocidental, impostos pela tradição cristã, que Friederich Nietzsche critica
acerbamente.
Transvaloração dos Valores:
Significa que as vezes é necessário e possível ultrapassar as barreiras morais
para se fazer algo sem ser errado, ao tomar uma decisão sobre algo, mesmo que
inconscientemente vemos a posição das possibilidades perante as regras morais
para que então tomemos alguma atitude. Isso ocorre porque temos medo de sermos
mal vistos por nossos semelhantes, queremos sempre causar boa impressão, mas
não convêm às pessoas que elas não serão boas ou más somente porque seguiram ou
não as regras, elas não veem que os valores empregados nem sempre são corretos
e que as vezes é necessário uma “transvaloração de valores”.
Max
Scheler (1874-1928): Os valores são objetivos e dispostos em
ordem eterna o que torna possível hierarquiza-los. Deste modo, juízo (faculdade
de julgar de avaliar, faculdade de pensar o particular como inserido no geral),
é então, um julgamento crítico sobre as escolhas humanas, uma reflexão
propositiva das relações existentes entre meios e fins de nossa ação no mundo.
García Morente (1886-1942): Os valores não são, no sentido em que dizemos que
as coisas são: “Os valores não são,
mas valem. Uma coisa é valor e outra
coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu ser, mas
dizemos que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade
ontológica que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do
valer”. Portanto, não permanecemos indiferentes dos seres que constituem o
nosso mundo familiar ou aquele que nos é estranho, aos quais atribuímos valores
Bipolarizados.
Referências
Bibliográficas
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